Mas, porque Branding?

Isaías Jacomeli
5 min readJan 28, 2021
NÓDULO (TUBOS VERMELHOS) AUTOR: SAVÉRIO CASTELLANO ANO: 1972 TÉCNICA: AEROGRAFIA DIMENSÕES: 104CM X 70CM

Começando de forma bem direta, esse é aquele momento que difere um produto, empresa ou serviço que talvez você use algum dia (ou não), de uma experiência que talvez você nunca se esqueça.

Isso significa que uma boa ideia sem uma boa construção de branding não terá valor? Não, não é bem assim. Mas pense que esse processo é o que vai diferenciar homens de meninos. Meninos não possuem uma história escrita, caráter formado, consciência do seu tom de voz, linguagem e estilo.

Gosto muito do slogan de uma das agências de branding mais prestigiadas do Brasil, que diz uma grande verdade: “A marca é, faz e fala!”. Partindo dessa ideia tão rica e intensa, vemos um grande abismo entre a tradicional solução oferecida aos mais diversos clientes, que não é nada além de um briefing razoável que resulta numa sacada bacana que se bem executada pode até ganhar prêmios. Não precisa nem ter um trabalho de conceituação, análise ou conexão. Ter “A” sacada não está errado, muito pelo contrário. Mas é aí que está a “grande sacada” sobre o branding. O logotipo é apenas 10% do trabalho, e esse é também o grande desafio, pensando numa “sociedade comercial” que desconhece essa cultura quase que completamente.

Em breve trarei um texto sobre “O ROI do Branding e do Design”. Mas enquanto estamos aqui, de certa forma estamos conversando, certo? Você lê o que escrevo e me devolve antes de mais nada, em pensamentos que estão borbulhando aí na sua cabeça. Se eu tiver sucesso, terei capturado a sua atenção até o fim. Agora, o grande êxito será, ter capturado não apenas a sua atenção, mas também a sua interação.

Essa é a grande chave para todo processo de comunicação, principalmente o Branding, que é a construção de um ecossistema de experiências entre pessoas (lembrando que tratamos marcas como pessoas, uma vez que a empatia é um gatilho quase irrecusável se essa pessoa tem uma boa história pra contar). Ora, se eu me comunico e o bem mais precioso que está em jogo, não é necessariamente o sucesso do meu funil de vendas, mas sim a atenção do cliente, porque motivos tantas e tantas empresas e agências, investem dinheiro e infindáveis horas buscando criar sacadas, estratégias ou campanhas que não são nada mais do que monólogos (parafraseando meu amigo carioca)?

Photo by zhang kaiyv on Unsplash

Pense na Apple. A grande chave da gigante não está no preço (óbvio), mas sim na experiência, calculada desde o unboxing diga-se de passagem maravilhoso, até o dia a dia do usuário. Os aparelhos deixam de ser apenas gadgets para tornarem-se parte da vida dos usuários.

Veja esse dado impressionante. Segundo a principal instituição que mensura a confiança das pessoas, os atributos de marca que são os mais centrais para decidir tornar-se um cliente fiel são:

1. O preço e a acessibilidade da marca
2. A reputação da marca
3. Como ela trata seus clientes
4. Se você confia na companhia que detém a marca ou na marca faz o produto
5. Se você confia que o produto terá um bom desempenho e fará tudo que você precisa que ele faça.

É impressionante como os 5 primeiros fatores determinantes nas relações entre negócios e consumidores envolvem a confiança. Partindo disso, já vamos direto ao ponto. Como conquistar a atenção de um consumidor que tem na palma de sua mão, um universo de possibilidades, sendo o tempo todo seduzido a consumir algo de uma ou outra marca pelas mais diversas vantagens. É bem simples na verdade, porque é um princípio das relações humanas. Você precisa ter um vínculo com aquela pessoa.

E como uma marca pode obter vínculo com uma pessoa?
Continua sendo simples. Relacionamento e empatia. Caso você esteja se perguntando algo parecido com “não é possível”, te aconselho a rever suas métricas de vida e relacionamento sob um prisma de empatia.

Quer um passo a passo bem simples? Explore perguntas! Questione a sua ideia, coloque ela a prova e quem sabe você não irá economizar um bom dinheiro e tempo antes de dar o start. Minha dica é que você siga esse step-by-step:

1. Tive uma grande ideia
2. Essa ideia resolve o problema de qual grupo de pessoas?
3. Essa ideia funciona e é escalável?
4. Porque meu cliente compraria essa ideia?
5. Porque EU quero investir nessa ideia?
6. Onde eu quero que essa ideia faça a diferença?

Teve um pouco de clareza através dessas perguntas? Maravilha. Essa é a hora de chamar um profissional pra te ajudar a expandir esse universo, pesquisando a fundo quem é de fato o seu stakeholder, onde ele está, o que gosta, o que faz sentido para ele, com o que ele prefere se relacionar e os porquês. Indo além, escavando uma proposta de valor única e irresistível, construindo com você uma história, uma experiência, um universo semântico e por fim uma pessoa. Então vem o que essa pessoa “veste”.

Esse não é só o meio mais completo para garantir que a sua ideia se transforme num negócio onde as pessoas terão o desejo de se relacionar, mas também é uma construção longeva e segura. Eu particularmente tenho uma grande certeza. Afinal, quem não sabe quem é de fato, não conhece e não consegue compartilhar seus valores, sua visão de mundo e com certeza, não estará no topo da lembrança das pessoas na hora do planejamento e sequer no checkout. Se todo negócio se preocupasse com a experiência e conexão com o cliente, a guerra de preço seria uma das últimas preocupações.

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#VamosConstruirNovasPontes

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Isaías Jacomeli

Designer Cristão escrevendo sobre sua relação com o Reino, Branding, Criatividade, Negócios, Design e Tipografia. Conta alt. @LostEmpire